Anexo I


  •  Destino Manifesto
 Depois de conquistar a independência em 1776, a nova nação inicou sua expansão territorial tendo como justificativa a ideologia do Destino Manifesto, ou seja, a certeza de que o povo norte-americano fora predestinado por Deus a ocupar e colonizar as terras que se estendiam até o Pacífico; havia sido escolhido por Deus para levar seus valores a territórios sob o poder de outros Estados ou dos “peles vermelhas”. A maior parte dos primeiros habitantes dos EUA eram protestantes que viam o lucro e as riquezas como consequência de uma escolha divina e do trabalho, e não como um pecado. Essa ética protestante foi um importante fator cultural que justificou a expansão territorial norte-americana sendo considerada natural e benéfica, e não uma agressão aos povos que já habitavam o território. Na realidade, a doutrina do Destino Manifesto justificou, no inicio, a conquista de terras até o limite natural imposto pelo Rio Mississipi (área original das Treze Colônias inglesas); posteriormente, foram conquistados novos territórios que se estendem até o oceano Pacífico. A incorporação de novos territórios fez parte do periodo do imperialismo interno, que se iniciou na independência que a nação americana obteve em relação à Inglaterra em 1776, e continuou durante o século XIX, no período conhecido como Marcha para o Oeste. A fome de terras dos imigrantes e as agressões cometidas em nome do Destino Manifesto dos EUA contribuíram para empurrar suas fronteiras desde o rio Mississípi até a costa oeste.
Esta pintura (cerca 1872) de John Gast chamada Progresso Americano é uma representação alegórica do Destino Manifesto. Na cena, uma mulher angelical, algumas vezes identificada como Colúmbia, (uma personificação dos Estados Unidos do século XIX) carregando a luz da "civilização" juntamente a colonizadores americanos, prendendo cabos telégrafo por onde passa. Há também Índios Americanos e animais selvagens do oeste "oficialmente" sendo afugentados pela personagem.



  • As Treze Colônias

Bandeira desenhada por Betsy Ross,
com 13 estrelas e 13 faixas,
representando as Treze Colônias.

As Treze Colônias foram as colônias Estados Unidos da América que se rebelaram contra o domínio do Império Britânico, em 1775, quando formaram um governo provisório, Norte-Americano, o qual proclamou a sua independência no dia 4 de julho de 1776. Subsequentemente, as colônias constituíram-se nos treze primeiros Estados americanos. As demais colônias da britânicas na América do Norte não aderiram imediatamente ao movimento de independência.

As colônias foram fundadas entre 1607 (Virgínia) e 1733 (Georgia). Documentos contemporâneos geralmente listam as 13 Colônias Norte-Americana do Reino da Grã-Bretanha em ordem geográfica, do Norte ao Sul: As Colônias do Norte ou Nova Inglaterra
    • Província de New Hampishire mais tarde o estado de New Hampshire
    • Província da Baía de Massachusetts mais tarde os estados de Massachusetts e Maine
    • Colônia de Rhode Island mais tarde o estado de Rhode Island
    • Colônia de Connecticut mais tarde o estado de Connecticut
     
  • As Colônias Centrais
    • Província de Nova Iorque mais tarde os estados de Nova Iorque e Vermont
    • Província de Nova Jérsei mais tarde o estado de Nova Jérsei
    • Província de Pensilvânia mais tarde o estado de Pensilvânia
    • Colônia de Delaware mais tarde o estado de Delaware
     
  • As Colônias do Sul
    • Província de Maryland mais tarde o estado de Maryland
    • Colônia de Domínio da Virgínia mais tarde os estados de Virgínia, Kentucky e Virgínia do Oeste
    • Província da Carolina do Norte mais tarde os estados de Carolina do Norte e Tennessee
    • Província da Carolina do Sul mais tarde o estado de Carolina do Sul
    • Província da Geórgia mais tarde o estado de Geórgia
     
       
      • Doutrina Monroe
      A chamada Doutrina Monroe foi anunciada pelo presidente estadunidense James Monroe (presidente de 1817 a 1825) em sua mensagem ao Congresso em 2 de dezembro de 1823. Julgamos propícia esta ocasião para afirmar, como um princípio que afeta os direitos e interesses dos Estados Unidos, que os continentes americanos, em virtude da condição livre e independente que adquiriram e conservam, não podem mais ser considerados, no futuro, como suscetíveis de colonização por nenhuma potência européia […] (Mensagem do Presidente James Monroe ao Congresso dos EUA, 1823) A frase que resume a doutrina é: "América para os americanos" O seu pensamento consistia em três pontos: a não criação de novas colônias nas Américas; a não intervenção nos assuntos internos dos países americanos; a não intervenção dos Estados Unidos em conflitos relacionados aos países europeus como guerras entre estes países e suas colônias. A Doutrina reafirmava a posição dos Estados Unidos contra o colonialismo europeu, inspirando-se na política isolacionista de George Washington, segundo a qual "a Europa tinha um conjunto de interesses elementares sem relação com os nossos ou senão muito remotamente" (Discurso de despedida do Presidente George Washington, em 17 de Setembro de 1796), e desenvolvia o pensamento de Thomas Jefferson, segundo o qual "a América tem um Hemisfério para si mesma", o qual tanto poderia significar o continente americano como o seu próprio país. À época, a Doutrina Monroe representava uma séria advertência não só à Santa Aliança, como também à própria Grã-Bretanha, embora seu efeito imediato, quanto à defesa dos novos Estados americanos, fosse puramente moral, dado que os interesses econômicos e a capacidade política e militar dos Estados Unidos não ultrapassavam a região do Caribe. De qualquer forma, a formulação da Doutrina ajudou a Grã-Bretanha a frustrar os planos europeus de recolonização da América e permitiu que os Estados Unidos continuassem a dilatar as suas fronteiras na direção do Oeste, dizimando as tribos indígenas que lá habitavam. Essa expansão no continente americano teve como pressuposto o Destino Manifesto, e marcou o início da política expansionista do país no continente.